O IBAMA publicou no Diário Oficial da União, em 19 de Julho deste ano, um comunicado que dá início ao processo de reavaliação do uso de agrotóxicos cujos efeitos são nocivos às abelhas. Entre os mais utilizados, foram citados Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil. Estudos recentes indicam que essas substâncias podem causar a morte ou alteração do comportamento das abelhas, consideradas os principais polinizadores em ambientes naturais e agrícolas.

A notícia foi reforçada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura durante o X Encontro sobre Abelhas em Ribeirão Preto, SP, considerado o principal evento científico sobre abelhas do Brasil, ocorrido no final de julho.

Participante do encontro, a Coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Apícola da Adab, Rejane Noronha, discutiu o assunto, abordando a importância das abelhas como agentes polinizadores. A coordenadora também analisou as pragas, parasitas e doenças de abelhas tropicais. “Embora seja provisória, a proibição da aplicação desses agrotóxicos foi festejada durante o evento porque trata-se de um passo importante no controle da utilização desses insumos, no impacto ambiental, na qualidade da produção, na fitossanidade das lavouras e na sanidade das abelhas”, avalia Rejane.

Ela explica ainda que, no prazo de três meses, as empresas produtoras de agrotóxicos devem incluir a seguinte frase de alerta para o consumidor nas bulas e embalagens que contenham um ou mais dos compostos químicos discriminados no comunicado: “Este produto é tóxico para abelhas. A aplicação aérea NÃO É PERMITIDA. Não aplique este produto em época de floração, nem imediatamente antes do florescimento ou quando for observada visitação de abelhas na cultura. O descumprimento dessas determinações constitui crime ambiental, sujeito a penalidades.”

Para ver o comunicado na íntegra acesse www.ibama.gov.br.