Avaliação da Situação do Cultivo de Ostras por Produtores Familiares no Estado da Bahia. Este é o primeiro projeto da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). Entre Fevereiro de 2013 e Agosto de 2014 as duas instituições vão trabalhar juntas para elaborar o diagnóstico da situação da produção de ostras na Bahia, com ênfase na produção da agricultura familiar e identificar agentes etiológicos envolvidos nas principais enfermidades de ostras, além de possíveis contaminantes e microrganismos na água.

A Bahia possui o maior litoral do país, com 1.183 km de extensão e excelentes condições climáticas, bem como um rico recurso hídrico continental para o desenvolvimento da aquicultura. “Por isso são necessárias ações que identifiquem a real situação da ostreicultura no Estado e o perfil socioeconômico dos pequenos produtores para a aplicação de medidas sanitárias e educativas, buscando o aumento da produção, a oferta de produtos de qualidade para o consumidor, a geração de emprego e renda e, principalmente, a melhoria da qualidade de vida da comunidade de ostreicultores”, diz o Secretário da Agricultura, Eduardo Salles.

Esta é a primeira vez que uma instituição de fomento à pesquisa aprova um projeto da Adab. “Trata-se de uma conquista importante uma vez que os trabalhos vão subsidiar o Governo do Estado e o órgão de defesa na elaboração de uma política sustentável de expansão da atividade e nas ações de vigilância, garantindo um produto de qualidade e fortalecendo a ostreicultura familiar baiana”, avalia o Diretor Geral da Adab, Paulo Emílio Torres, acrescentando que outro benefício do projeto de pesquisa é a oferta de um alimento saudável na mesa do consumidor.

A pesquisa será realizada em 15 polos de cultivo de ostras localizados nas comunidades de Matarandiba, Ponta Grossa, Ilha da Banca, Taperoá, Graciosa, Galeão, Batateira, Porto do Campo, Ilha Grande, Tanque, Santiago do Iguape e no município de Canavieiras, no Estado da Bahia. “Essa pesquisa abrirá precedentes para encaminhamento de outros projetos na área de defesa agropecuária”, sugere o Responsável Técnico pelo Laboratório de Defesa Sanitária Animal (Ladesa), Jorge Ribas. São também parceiros da Adab neste projeto a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), o Instituto Federal Baiano (IF Baiano), a Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), a Bahia Pesca e o Programa MARSOL do Laboratório de Ecologia Costeira e Maricultura (ECOMAR) do Instituto de Biologia (UFBA).

“O presente estudo servirá de base para a identificação dos principais agentes causadores de bacterioses, viroses, protozooses e helmintoses, os quais interferem negativamente no processo de cultivo de ostras, possibilitando ainda a avaliação da situação atual do cultivo de ostras por produtores familiares no Estado”, explica a Coordenadora do Projeto de Sanidade dos Animais Aquáticos da Adab, Isa Trindade. Para as análises laboratoriais serão empregadas as seguintes técnicas: citologia (esfregaço sanguíneo), PCR, análise físico-química, isolamento e identificação de microrganismos, além de avaliações de qualidade da água e a presença de resíduos de agrotóxicos. Serão realizadas também atividades de educação sanitária e diagnóstico situacional do cultivo de ostras em todos os polos de cultivo.

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Ascom / Adab