A Bahia não possui mais animais importados de países de risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). Os últimos 12 bovinos foram sacrificados na última terça-feira (26), no município de Itagibá, atendendo solicitação do proprietário. Mesmo estando clinicamente sadios, esta medida representa uma atividade de rotina e visa uma diminuição no risco da ocorrência do Mal da Vaca Louca, como também é conhecida a enfermidade, no rebanho baiano.

Uma comissão formada por veterinários da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria de Agricultura (Seagri), da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) e do Ministério da Agricultura, Irrigação, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acompanhou todo o processo, avaliando os animais e realizando a colheita de material para análise laboratorial de rotina. “Saliento que os bovinos estavam clinicamente sadios e não apresentavam nenhum sinal de doença neurológica”, afirma o Coordenador do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), José Neder.

O sacrifício foi solicitado pelo proprietário devido à idade avançada dos animais e por não existir mais interesse produtivo. O processo foi realizado por meio de ação indenizatória, ou seja, o valor dos animais foi reembolsado de acordo com a cotação da arroba. O Coordenador do Programa lembra que esta medida atende a legislação vigente no Brasil devido os animais terem como origem um país com diagnóstico para a enfermidade.

A Adab e o Mapa são as instituições responsáveis por impedir a introdução da EEB e, como medida preventiva, é proibida à importação de bovinos vivos de países com diagnóstico para a doença. “O Estado continua seguro contra a EEB e o Governo vem realizando ações para monitorar áreas de risco e manter o Mal da Vaca Louca longe das 265 mil propriedades rurais no Estado”, salienta o Secretário de Agricultura, Eduardo Salles.

EEB e as ações de vigilância - O Mal da Vaca Louca é uma enfermidade incurável que traz grandes prejuízos à pecuária e à saúde pública, pois pode ser transmitida ao homem através do consumo de carne contaminada com o agente causador da doença.

O Brasil é considerado de risco desprezível para a enfermidade de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e, para evitar que essa doença de importância econômica mundial chegue à Bahia, a Adab realiza um intenso trabalho de fiscalização em propriedades e campanhas de Educação Sanitária com objetivo de esclarecer os produtores. “A Agência continuará fortalecendo as atividades de prevenção à EEB por meio de vigilância epidemiológica em campo, abatedouros e em alimentos para ruminantes”, finaliza o Diretor de Defesa Animal, Rui Leal, lembrando que, salvaguardar a pecuária estadual e a saúde da população é a missão da Adab.

Ascom / Adab