A Monilíase é uma doença que ataca os frutos de cacau, cupuaçu e herrania, danificando as sementes e causando perdas de até 100% dos frutos produzidos. Buscando conscientizar o principal agente disseminador, o homem, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), autarquia da Secretaria de Agricultura, e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) realizam amanhã (19), às 8 horas, no CETEP de Gandu, o Encontro de Produtores sobre a Monilíase. O objetivo é discutir as ações de prevenção à entrada e o estabelecimento desta praga, considerada a mais grave das doenças da cacauicultura mundial, através de atividades integradas de Pesquisa, Assistência Técnica, Educação e Defesa Sanitária Vegetal.

Causada pelo fungo Moniliophthora roreri, a Monilíase possui, na fase inicial, os sintomas semelhantes aos da vassoura-de-bruxa. A coordenadora do Projeto de Prevenção à Monilíase do Cacaueiro, Catarina Mattos Sobrinho, explica que, depois, o fungo se multiplica na superfície do fruto, produzindo grande quantidade de esporos (cerca de sete bilhões), na forma de pó com coloração cinzenta ou creme. Durante o encontro a coordenadora discutirá sobre as ações de prevenção desta praga no Estado da Bahia.

O homem, principal agente disseminador, pode carregar o fungo para longas distâncias através de frutos doentes, roupa, pneus de carro, caixotes de madeira e de papelão, sacos de aninhagem e outros materiais vegetativos. Por isso, a Adab relacionou algumas recomendações que devem ser adotadas, principalmente, pelos produtores de cacau da região, dentre elas, não trazer para a Bahia nenhum material vegetal (sementes, mudas, frutos ou parte de planta) e adquirir mudas e sementes de cacau, cupuaçu e pupunha somente de viveiristas registrados no Renasem/Mapa e cadastrados na Adab. “O perigo da Monilíase é latente. Por isso, a união de esforços na prevenção é fundamental para evitar prejuízos para a cacauicultura mundial, a exemplo do Brasil onde o risco dessa ocorrência é geograficamente iminente”, alerta o diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá.

Durante a manhã desta quinta-feira os produtores também receberão informações técnicas sobre a praga com o apoio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF-Baiano) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

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