Plano Safra 2015 02

Para safra 2015/2016, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), responsável por estruturar e manter o sistema unificado de atenção a saúde animal e vegetal no Estado, disponibilizará mais de R$7 milhões para os Programas Bahia Pecuária Segura, o de Monitoramento e Controle do Bicudo do Algodão e de Controle das Moscas das frutas, bem como os programas de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

O diretor geral da ADAB, Oziel Oliveira, acredita que o crescimento e importância da agricultura e da pecuária para o produto interno bruto implicam no aumento na demanda por serviços do setor público relacionados ao controle e erradicação de doenças e pragas introduzidas. Dos exatos R$7.567.554,00 disponibilizados, R$3.737.554,00 serão por meio do Convênio SUASA/MAPA/ADAB e R$3.830.000,00 pela Arrecadação da Defesa Sanitária. “Com este potencial de crescimento da produção baiana, mais vegetais e produtos cárneos e lácteos são produzidos e lançados no mercado externo, que tende a ampliar as exigências sanitárias, com mais qualidade dos produtos e confiabilidade dos serviços veterinários do estado e do país”.

Diante da orientação da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que a defesa agropecuária é prioridade da pasta, a ADAB trabalha como atividade estruturante para o desenvolvimento do Agronegócio competitivo e de uma Agricultura Familiar sustentada, por meio de ações preventivas, de controle e de erradicação de pragas e enfermidades; imunização dos rebanhos; inspeção de produtos de origem animal; educação sanitária; e diagnostico laboratorial.

Ainda serão direcionados para o Laboratório de Defesa Sanitária Agropecuária (Ladesa) R$187.300,00 e R$2.138.800 para a estruturação e manutenção de unidades de defesa agropecuária.

Ações de Defesa Sanitária Animal: Programa Bahia Pecuária Segura

Durante o evento foi apresentado o Programa Bahia Pecuária Segura que visa a vigilância epidemiológica com o objetivo o monitoramento de propriedades, estabelecimentos rurais e eventos. No período 2015-2016 serão destinados aos Programas de Defesa Sanitária Animal R$2.517.983,00, para a realização de aproximadamente 10.000 ações de fiscalizações e o monitoramento de mais de 303.926 propriedades agrícolas, sejam de risco ou de criação de animais, garantindo assim a sanidade na pecuária baiana. Ainda, dentro da vigilância epidemiológica, a vacinação animal é uma ferramenta de grande importância, que visa prevenir a ocorrência de doenças potencialmente infecciosas, e a Agência pretende vacinar mais de 18 milhões de animais contra aftosa, raiva e brucelose em todo Estado.

Ações de Defesa Sanitária Vegetal

Os programas de defesa sanitária vegetal receberão R$1.900.502,00 em prol dos cotonicultores do Oeste e dos agricultores familiares do Vale do Submédio São Francisco, na região norte do estado.

O ‘Projeto de Monitoramento e Controle do Bicudo do Algodoeiro’ visa minimizar os prejuízos no combate a principal praga da cultura do algodão. Para a safra 2015/2016 está prevista a ampliação do monitoramento, fiscalização da eliminação de soqueiras, rebrotas e tigueras na entressafra, rigoroso cumprimento do vazio sanitário, redução nas populações da praga na emissão do primeiro botão floral, somado ao zoneamento em função de áreas de risco, utilizando ferramentas biológicas e químicas com o objetivo de reduzir as perdas em função da praga e os custos com controle.

Desenvolvida no Vale do Submédio São Francisco, região contemplada pelo ‘Projeto de Controle da Mosca-das-frutas’, a fruticultura irrigada é uma atividade estratégica de grande importância para o crescimento econômico e social, responsável por mais de 90% das exportações de manga e uva de mesa, em seus 37.000 ha. Estima-se que neste maior polo frutícola do país são gerados 240.000 empregos diretos e 960.000 indiretos. Para a safra 2015/2016, está previsto a intensificação do controle, supressão e convivência da Ceratitis captata nas áreas de produção, localizadas nos perímetros irrigados de Maniçoba, Curaçá, Tourão, Mandacaru e Salitre.

Ações de Inspeção de Produtos de Origem Animal: Plano para Regularização do Abate não Inspecionado de Frango

Serão destinados R$822.969,00 aos programas de Inspeção de Produtos de Origem Animal, com destaque para o ‘Projeto de Regionalização do Abate’ e o ‘Plano Estratégico para Regularização do Abate não Inspecionado de Frango no Estado da Bahia’. O diretor de Inspeção da ADAB, Willadesmon Silva, esclarece que a Bahia é referência nacional no que diz respeito a reduzir o abate clandestino e, por conseguinte, qualificar melhor a carne oferecida à população.

Utilizando como estratégia o Programa de Regionalização do abate, o estado incentivou a instalação de matadouros localizados estrategicamente que, além de suprir a demanda de carne do seu município, atende a demanda de localidades circunvizinhas. Desta forma a Bahia expandiu de oito para 35 matadouros de bovinos no período de 1996 a 2015. Para o período de 2015/2016 espera-se que sejam concluídas as construções dos 11 matadouros nos municípios de Medeiros Neto, Iguaí, Santa Rita de cássia, Valente, Araci, Itaberaba, Itanhém, Paramirim, Barra, Morro do Chapéu e Bom Jesus da Lapa, estes dois últimos com capacidade abate de 100 bovinos/dia e 30 suínos/ ovinos/ caprinos por dia e os demais com capacidade de 30 bovinos/dia.

Na cadeia produtiva de aves os produtores independentes respondem por 15% da produção de frangos vivos e se caracterizam por comercializar sua produção com os distribuidores e pequenos abatedouros de bairro, fomentando o comércio de carne clandestina, que responde por aproximadamente 30% da carne ofertada no Estado. Assim, objetivando a regularização do abate informal, a SEAGRI/ADAB idealizou um modelo de matadouro frigorífico com capacidade de 5.000 aves/dia, proporcionando aos pequenos produtores um projeto pré-aprovado e acessível que atende aos preceitos higiênico-sanitários e tecnológicos.

ASCOM/ADAB 

Agência de Defesa Agropecuária da Bahia

Assessora: Amanda Almeida

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