A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, lançou na terça-feira (8), o Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas, em Brasília, e, na quarta-feira (9), ela apresentou o programa aos produtores do Vale do Rio São Francisco. Na ocasião, a Ministra pode acompanhar o trabalho realizado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) no controle da Mosca-das-frutas em todo o território baiano.

As principais espécies da mosca-das-frutas no Brasil estão nos estados de Roraima, Pará e Amapá, no Vale do São Francisco (Bahia e Pernambuco) e na região sul, com prevalência da mosca-do-mediterrâneo (Ceratitis capitata, que ataca principalmente acerola, manga, goiaba, uva e citros), Anastrepha obliqua (manga, cajá-manga e mamão), Anastrepha fraterculus (maçã, pêssego, mamão, citros, pera, goiaba) e Anastrepha grandis (melão, melancia, abóbora). Além dessas, uma quinta espécie ocorre em algumas regiões do Brasil e está em processo de erradicação, a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), que, além da carambola, ataca mais de 50 plantas.

A fruticultura do Vale/BA é a principal atividade econômica da região e, se a mosca-das-frutas (Ceratitis capitata) não for controlada, são estimados prejuízos de ordem de R$ 1 bilhão. As consequências são o aumento dos custos da produção, a perda de 240.000 empregos diretos no campo e dos mercados interno e externo. Desde setembro do ano passado, os técnicos e engenheiros agrônomos da ADAB foram mobilizados para a região com o objetivo de monitorar e fiscalizar os produtores sobre as medidas fitossanitárias. Desta vez a Agência direcionou a atividades fitossanitárias no controle populacional da praga aos agricultores familiares da região do Submédio São Francisco, onde estão localizados os Distritos de Curaçá, Mandacarú, Tourão, Maniçoba e Salitre.

O diretor geral da ADAB, Oziel Oliveira, que estava acompanhado do diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá, e da coordenadora do Projeto Estadual de Controle de Moscas-das-Frutas, Rita de Cássia de Oliveira, esclarece que todos os agricultores, inclusive o agricultor familiar, precisam controlar a população de Mosca-das-frutas em suas plantações para não prejudicar quem exporta e para não terem prejuízos com perdas de produção.

Kátia Abreu destacou que as moscas-das-frutas não trazem prejuízos à saúde humana, mas sim ao preço do produto. “Se um produtor produz 100 quilos e perde 30 com essa praga, ele vai ter que vender mais caro para pagar seus custos”, explicou. “Já para exportação, os produtos não são aceitos por receio de as moscas invadirem os pomares de outros países. Temos que combater a praga para elevarmos o consumo interno e exportamos esses produtos mundo afora”, completou.

Investimentos

Em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) serão investidos R$ 128 milhões até 2018 no controle da praga, uma das mais relevantes da fruticultura brasileira, causa prejuízo de cerca de US$ 120 milhões ao ano, entre perdas de produção, custos de controle, processamento e comercialização.

O investimento direto do Mapa será de R$ 10 milhões ao ano para implementação de sistemas de mitigação de risco, certificação e programas de erradicação, além de R$ 6 milhões anuais para o subprograma de erradicação da mosca-da-carambola. O ministério ainda repassará por meio de convênio com estados mais de R$ 20 milhões entre 2015 e 2016. Já a iniciativa privada vai cooperar com R$6 milhões por ano, por meio da Abrafrutas. O investimento total somará R$ 128 milhões até 2018.

Metas e ações de defesa vegetal

A erradicação da Mosca se dará por meio de parceria entre o Mapa, as agências de defesa agropecuária estaduais e o setor privado. Entre as metas do programa, também está reconhecer a região acima do paralelo 13º como livre do gênero Anastrepha grandis - ampliando áreas com sistemas de mitigação de risco – e controlar a mosca-das-frutas no Vale do São Francisco.

O Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas estabelece uma série de ações na área de defesa vegetal: a vigilância fitossanitária por meio de levantamento e monitoramento de pragas; prevenção contra a entrada de novas espécies de moscas-das-frutas no Brasil; controle de espécies com maior potencial de dano econômico; erradicação da mosca-da-carambola; estabelecimento e manutenção de Áreas Livres de Pragas; implementação do conceito de Áreas de Baixa Prevalência para as moscas-das-frutas; instalação de áreas de proteção fitossanitária; aplicação da pesquisa agropecuária no controle das moscas-das-frutas, dando ao produtor acesso a tecnologias de prevenção.

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ASCOM/ADAB, com informações da ASCOM/MAPA 

Assessora de Comunicação: Amanda Almeida

Agência de Defesa Agropecuária da Bahia

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