A Regional de Itapetinga foi a que teve a maior redução de rebanho, em mais de 10%, perdendo 95 mil cabeças de gado.

Responsável pela política pública da vacinação contra a febre aftosa no estado, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura, divulga o resultado alcançado de 93,84% dos animais vacinados contra a enfermidade, referente à primeira etapa de 2016, realizada em maio. A Bahia hoje sofre com a falta de chuvas, principalmente nas Regiões Sul, Extremo Sul e Sudoeste do estado, o que ocasionou na redução do rebanho existente em mais de 400 mil bovídeos, passando de 10.783.415 (novembro/2015) para 10.389.079 (maio/2016).

A Bahia possui o maior rebanho do nordeste e o 8º do Brasil, com 10.341.340 cabeças, onde foram vacinados mais de 9,7 milhões de bovinos e bubalinos, independente da faixa etária. Entre as regiões que obtiveram melhores índices estão Salvador (98,05%), Itapetinga (97,95%) e Teixeira de Freitas (97,03%), seguidas por Itaberaba (96,24%) e Irecê (95,27%). Vale ressaltar o comprometimento dos criadores de Acajutiba, Cairu, Cardeal da Silva, Ibitita, Itaparica, Ituberá e Rio do Pires que vacinaram todo o rebanho, alcançando índices de 100%.

Os três municípios que detém os maiores rebanhos ainda estão no Extremo Sul do Estado, pertencentes à Coordenadoria Regional da ADAB em Teixeira de Freitas: Itamaraju, Guaratinga e Itanhém, na respectiva ordem. De acordo com o comparativo entre as mesmas etapas de 2015 e 2016, o município de Itanhém apresenta uma redução de 5,6% no número de animais existentes, antes 152.077 agora 143.589, sendo ultrapassado novamente por Guaratinga, que também reduziu o rebanho, mas superou o quantitativo, antes com 150.196 e agora com 145.037.

Desde a última ocorrência de febre aftosa no Estado, em 1997, os resultados obtidos nas campanhas contra a febre aftosa vêm se mantendo acima dos 90% exigidos pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). “O Governo do Estado, através da ADAB, está cumprindo com o papel de zelar pelo patrimônio pecuário baiano, já que o controle da febre aftosa é fundamental para a economia do Estado e do País, principalmente do ponto de vista de evitar embargos econômicos ou barreiras sanitárias aos produtos brasileiros”, diz o secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, lembrando que isso acontece porque os países compradores de carne estabelecem fortes empecilhos à entrada de animais suscetíveis à doença e aos produtos provenientes de regiões com ocorrência de aftosa.

Nesta etapa as revendedoras de vacinas tiveram um papel fundamental na campanha, com o lançamento das notas fiscais das compras das vacinas diretamente no Sistema Informatizado da ADAB. “Considero que atingimos nossas expectativas e, desta forma, na próxima campanha, em novembro, o produtor poderá realizar sua declaração diretamente pela internet, não mais necessitando ir a um escritório da ADAB”, acrescenta o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal.

Ele ainda agradece ao apoio das entidades ligadas ao setor, como a FAEB, FETAG, FUNDAP, às revendas de vacinas e todo o corpo de servidores da ADAB que, apesar das dificuldades operacionais, atingiram as metas estipuladas.

Aos que deixaram de vacinar seus bovídeos ou não declararam a vacinação dentro do período da campanha, os animais estão impossibilitados de transitar pelas rodovias baianas, bem como participar de eventos pecuários, até a regularização da situação, mediante vacinação assistida pelos fiscais da ADAB.

A Seca nos Rebanhos Baianos

A escassez de chuvas está cada vez mais freqüente, ocasionando a redução do rebanho existente na Bahia de mais de 440 mil bovídeos, passando de 10.783.415 para 10.389.079. Estes dados são coletados pela ADAB que utiliza como fonte as declarações da vacinação contra aftosa, de novembro de 2015 até maio de 2016. As regiões Sul, Sudoeste e Extremo Sul baiano são as mais afetadas pela seca.

O diretor-geral da ADAB, Marco Vargas, acredita que, apesar das dificuldades econômicas e climáticas, os altos índices de cobertura vacinal alcançados mostram que o produtor continua motivado e comprometido com a prevenção da enfermidade. “O criador está consciente da importância da sanidade animal para a produção de leite, corte e para o agronegócio baiano”, diz Vargas.

A Regional de Itapetinga, que está sempre entre os três maiores rebanhos baiano e possui a maior densidade de bovinos por propriedade, foi a que teve a maior redução de rebanho, em mais de 10%, perdendo 95 mil cabeças, e ainda continua a sofrer com a estiagem. A Regional de Teixeira de Freitas perdeu 100 mil bovídeos, antes com 1.622.013 e agora com 1.542.809 cabeças existentes. E a regional de Santa Maria da Vitória, que engloba o município de Feira da Mata, também decretado em situação de emergência, perdeu mais de 38.588 mil bovídeos.

Já comparando as mesmas etapas de maio de 2015 e de 2016, a coordenadoria regional de Itabuna teve o índice vacinal reduzido em 1,83% (92,73% e 90,90%). Esta regional engloba municípios como Ilhéus, que está entre os cinco recém-decretados em situação de emergência, homologada pelo Governo do Estado devido à estiagem prolongada.
Em 2013, a seca nos Estados nordestinos foi considerada a mais grave dos últimos 50 anos e ainda foi apontada como umas das piores ocorrências de desastres naturais registradas no mundo naquele ano, perdurando, em alguns municípios, até os dias de hoje.

13/07/2016
Amanda Almeida – Assessora de Comunicação
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