A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) inicia inquérito soroepidemiológico para a Peste Suína Clássica (PSC) em 320 criatórios de suínos de subsistência distribuídos por todo o Estado. Está previsto colheita de 1.200 amostras em 15 coordenadorias, abrangendo 139 municípios, para demonstrar ausência de circulação viral. O Estado já possui o reconhecimento nacional, desde 2001, e o internacional, concedido pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), em 2016.

O diretor de Defesa Sanitária Animal da ADAB, Rui Leal, explica que o Inquérito Soroepidemiológico para PSC, determinado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é realizado a cada dois anos, apenas em criatórios de suínos de subsistência, popularmente conhecidos como suínos de fundo de quintal, pois estes estão mais expostos ao vírus, caso haja circulação no Estado. As amostras serão encaminhadas ao Laboratório Nacional Agropecuário do Ministério da Agricultura (Lanagro) para serem analisadas.

Extinta há mais de vinte anos na Bahia, a PSC é uma doença que gera embargos econômicos e restrições comerciais a exportação de carne do Brasil. “Por isso é necessário manter a vigilância constante para que possamos continuar com esse status de estado livre com reconhecimento internacional e desta maneira atrair novos investimentos para a suinocultura, aumentar a produção, e, consequentemente, a Bahia vir a exportar carne suína. Vamos continuar intensificando as atividades de vigilância ativa e passiva nas áreas com maior vulnerabilidade, com ações de monitoramento sorológico”, diz o diretor-geral da ADAB, Marco Vargas.

Segundo o coordenador do Programa de Sanidade de Suídeos, Sérgio Vidigal, a Bahia possui cadastrado um plantel de 620.000 cabeças de suínos, dos quais 30.000 são matrizes, e detém 1.328 granjas comerciais espalhadas em todo o estado.

A PSC

A peste suína clássica é uma doença viral que acomete os rebanhos suídeos (porcos, javalis, javaporco, catetos, etc.), transmitida através de secreções, excreções, sêmen e sangue, e também por contato direto entre os animais. A doença é fatal, principalmente em animais jovens, e afeta suínos de todas as faixas etárias. Entre os sintomas estão febre alta, fraqueza, vômito, perda de apetite, manchas vermelhas e aborto. 

26/08/2016

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