A força tarefa que reúne a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Secretaria Municipal de Agricultura, Serviço de Vigilância Sanitária (Visa) do município, 4º Batalhão da Polícia Militar e a Polícia Civil de Alagoinhas, iniciou o cronograma de ações conjuntas para coibir o abate clandestino e o comércio irregular de carnes em feiras livres e açougues de Alagoinhas e região. Essa ação foi consequência da reunião motivada pela promotora de justiça do Ministério Público (MP), Suzana Dantas Cerqueira Monteiro.

A operação aconteceu na quarta-feira (09), e apenas no mercado de carnes e vísceras, com a abordagem dos proprietários dos boxes, solicitando documentação fiscal da mercadoria, verificando a temperatura do produto, condições de armazenamento e exposição ao consumidor, além do estado de higienização do local.

Foram apreendidos 350 kg de produtos de origem animal sem procedência comprovada, oriundos de abates clandestinos, entre eles carcaças e vísceras de caprinos e ovinos, pescados salgados e embutidos caseiros deteriorados (com alteração na coloração e odor), carnes salgadas e defumadas impróprios para consumo humano. Durante a blitz sanitária, pode-se perceber a ausência de higiene nas dependências físicas do mercado, sujeiras em paredes e pisos, forros danificados, boxes sem água, banheiros sem condição de uso, comerciantes e funcionários com vestuário inadequado para manipular alimento, ausência total de Boas Práticas.

Para o diretor de Inspeção de Produtos de Origem Agropecuária da ADAB, Willadesmon Silva, a situação é preocupante. “Alagoinhas é maior polo de produção cárnea, em capacidade, do estado da Bahia, sobretudo onde está instalado o maior matadouro particular de bovinos, suínos, caprinos e ovinos existente no Estado da Bahia. Este que aderiu ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) e tem equivalência ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), teve uma redução do número de animais abatidos, o que nos faz pensar no aumento da atividade clandestina na região, abastecendo o mercado. Por isso a importância desta força tarefa na estruturação da cadeia produtiva da carne”, informou Desmon, lamentando que alguns prefeitos não colaboram na organização do comércio local, podendo construir instalações adequadas e higiênicas para a venda de produtos, e reforçando que as ações vão continuar para promover a saúde da população.

A ação foi antecedida por uma reunião, realizada na quinta-feira (08), no Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS), onde a médica veterinária da ADAB, Maria Cristina Brito dos Santos, explanou o papel da Agência na ação. “Ficou bem claro que a ADAB daria suporte técnico aos agentes da Vigilância Sanitária da Prefeitura, na identificação de documentos sanitários e dos produtos considerados clandestinos e/ou impróprios para consumo humano, bem como no transporte do material apreendido para a inutilização”, disse Cristina, já que a responsabilidade para fiscalização no comércio varejista é exclusiva da Vigilância sanitária, conforme legislação vigente.

Todos os produtos foram encaminhados para graxaria, conforme termo de inutilização.

Amanda Almeida - Assessora de Comunicação
Agência de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB
noticia.ascom@adab.ba.gov.br
www.adab.ba.gov.br
Tel/Fax: 71. 3116-8461