ABPA intensifica divulgação e cuidados referentes aos registros de Influenza Aviária em outros países

Focos de Influenza Aviária (IA) de alta patogenicidade foram registrados em diferentes países, com detecção do agente em espécies da avicultura industrial. Estes focos causaram morte ou sacrifício de milhões de aves, e expressivas perdas para a atividade avícola industrial no mundo.

Conforme intensificação dos registros de focos de Influenza Aviária em países da América, Europa e Ásia, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está promovendo uma série de iniciativas de divulgação e conscientização junto aos atores da avicultura nacional.

Sendo assim, foi implantado por meio do Grupo Estratégico de Prevenção de Influenza Aviária (GEPIA), ferramentas para cursos e disseminação de cuidados relacionados ao tema.

Segundo comunicado enviado pelo MAPA à ABPA, o Ministério "solicitou aos Serviços Veterinários nos estados o aumento das atividades de vigilância sanitária, inclusive nos sítios de aves migratórias, e atenção em relação às medidas para atendimento de casos suspeitos, assim como aumento das atividades de fiscalização em todos os portos, aeroportos internacionais, postos de fronteira e aduanas especiais, visando mitigar o risco de entrada de Influenza Aviária no Brasil".

Com recente caso de IA no Chile, informado no dia 05 de janeiro, este é o primeiro foco registrado na América do Sul nos últimos 10 anos. Conforme esta ocorrência, foi suspenso todas as importações de produtos avícolas provenientes daquele país.

Diante da situação de crise sanitária na Ásia, Europa e mais recentemente no Chile, a ABPA determina aos seus associados e às demais empresas da cadeia avícola que:

1. Proibir temporariamente todas as visitas as estruturas produtivas por 30 dias. A proibição se estende a abatedouros, granjas, fábricas de ração e incubatórios, sendo válida para qualquer visita, inclusive para auditores e clientes.

2. Que as granjas acelerem a adoção de medidas básicas de biosseguridade, prevista pela Instrução Normativa nº 56, de 4 de dezembro de 2007, nas estruturas produtoras de aves e de ovos, principalmente a blindagem da água, telamento dos galpões, instalação de processo de desinfecção de veículos e aplicação de programas de controle de roedores.

3. Orientar aos técnicos, produtores integrados, produtores de ovos e demais profissionais que atuam em empresas de premix, ração, laboratórios farmacêuticos e outros da cadeia avícola, que em viagens ao exterior evitem ao máximo contatos com aves. Além disso, é fundamental que, ao retornarem ao Brasil, tomem os devidos cuidados com lavagem e desinfecção de roupas, calçados e utensílios utilizados no exterior e realizem quarentena antes de visitarem as estruturas produtivas da própria empresa.

4. Realizem treinamentos internos para equipes de agropecuária e de qualidade das empresas, com o objetivo de conscientizar gestores, técnicos e produtores acerca dos cuidados de prevenção à Influenza Aviaria. Destacamos, principalmente, a necessidade de orientação e conscientização pela notificação ao Serviço Veterinário Oficial de toda e qualquer suspeita de enfermidades, como sinais respiratórios e alta mortalidades no prazo máximo de 24 horas.

Esta é uma decisão que vale para todas as empresas e entidades (estaduais e setoriais) da cadeia produtiva.

Informações adicionais como vídeos, palestras e afins poderão ser obtidas pelo site: abpa-br.com.br/influenza-aviaria/

Ressaltando que nunca foi registrado qualquer foco da Influenza Aviária em nosso território, o nosso maior o objetivo é a ampliação e o fortalecimento dos cuidados em prol da prevenção à enfermidade.