São 21 anos do último caso de Febre Aftosa na Bahia e desde 2001 com reconhecimento oficial. Para celebrar esse trabalho, a Bahia recebeu na última semana o certificado internacional, expedido pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), “Brasil livre da Febre Aftosa com vacinação”. Porém, a meta dos baianos é mais ousada. A proposta é que até 2021 o Estado seja considerado livre da Febre Aftosa sem a necessidade de vacinação. O certificado foi entregue para a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (SEAGRI) e, consequentemente, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB).

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Há mais de 50 anos o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a iniciativa privada, vem desenvolvendo programas para erradicar a febre aftosa dos rebanhos brasileiros. A data - 05 de abril - foi escolhida, simbolicamente, pelo ministério. Em diversos estados do Brasil também aconteceram celebrações. Os avanços já podem ser comprovados. O último caso registrado no Brasil foi em 2006. O objetivo principal desse trabalho é o reconhecimento mundial de país livre da febre aftosa.

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A solenidade ocorreu em um restaurante da capital baiana, Salvador, e contou com a presença do setor produtivo, secretarias e órgãos envolvidos, políticos, imprensa e sociedade civil. Na solenidade também foram comemorados os 50 anos (jubileu de ouro) do Grupo Executivo de Erradicação da Febre Aftosa na Bahia – 1968) GERFAB, a assinatura do termo de cooperação técnica com os Correios. Através de um revista, o Governo do Estado apresentou dados estatísticos do agronegócio baiano (Pecuária e Agricultura), assinou um convênio com o FUNDAP e o lançou a VI Conferência nacional e I Internacional de Defesa Agropecuária.

Enfrentamento da doença

O último programa de enfrentamento da doença desenvolvido pelo Mapa, o Plano Estratégico para o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), está previsto para ser executado nos próximos dez anos. O objetivo é criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional.

O Plano está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, e as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da febre Aftosa. A conjugação do esforço privado e público, a infraestrutura dos Serviços Veterinários e os fundamentos técnicos são a base para o sucesso do plano.

Plano Estratégico do PNEFA 2017 – 2026

O Plano foi elaborado sob a coordenação do MAPA e apresenta-se com o objetivo principal de criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira. O Plano foi organizado didaticamente em 16 operações, compostas por 102 ações a serem executadas no período de 10 anos.

Para conduzir o processo de transição de status sanitário, de livre com vacinação para livre sem vacinação, as unidades da Federação foram organizadas em cinco blocos. Está prevista uma evolução progressiva das zonas livres sem vacinação em três etapas, iniciando-se em 2019 e finalizando em 2023.