Através das barreiras móveis, equipes da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) intensificam a vigilância sobre o trânsito de máquinas e equipamentos agrícolas que chegam à região oeste contratados pelos produtores para a colheita de soja e algodão. O objetivo é impedir a entrada de uma praga de alto poder de destruição das culturas rotativas e que apresenta resistência aos principais herbicidas. A Amaranthus palmeri é uma planta daninha e foi identificada pela primeira vez no Brasil no estado do Mato Grosso, mas a Bahia continua livre da infestação.

“Diante da situação que consideramos de alto risco de disseminação para a Bahia, através das máquinas colheitadeiras, intensificamos as fiscalizações, exigindo que essas máquinas e equipamentos só adentrem ao estado após serem lavados, para que fiquem isentos de resíduos vegetais e solos”, destaca o coordenador do Projeto Fitossanitário da soja e do algodão, Nailton Almeida.

Apesar da situação atual no Brasil ser considerada controlada pelas autoridades, pesquisadores lembram que é importante manter o alerta ligado em relação à Amaranthus palmeri. “É praticamente unânime a preocupação quanto ao seu potencial de trazer prejuízos inclusive sociais, pois a praga tem o poder de afetar também culturas com o feijão e até a mandioca, o que elevaria e muito o custo da produção, causando dificuldades para aquisição dos produtos e escoamento da produção”, ressalta Celso Duarte Filho, diretor de Defesa Sanitária Vegetal.

“O produtor precisa fazer a sua parte e exigir que as máquinas e equipamentos sejam lavados antes de realizarem as colheitas de soja e algodão em suas propriedades, através de uma inspeção minuciosa na chegada desses equipamentos em suas fazendas”, reforça Nailton.


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