Em fase de mudança de status sanitário quando almeja saltar de Zona Livre da Febre Aftosa com vacinação para aposentar o imunizante em território baiano nos próximos dois anos, a Bahia investe na organização de um cenário cada vez mais favorável, a partir do fortalecimento dos integrantes da cadeia produtiva. Em parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), a ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) promove o Curso de Capacitação para Vigilância em Saúde Animal destinado, a princípio, aos veterinários autônomos vinculados ao sistema FAEB/SENAR, nos dias 14 e 16 de dezembro, em versão on line, às 18 hs.

“Será uma abordagem geral sobre vigilância em saúde animal, em três módulos onde discorremos sobre inúmeras doenças de notificação obrigatória para que o serviço veterinário oficial seja acionado de forma precoce e tenha condições de produzir respostas rápidas e oportunas", explica o médico veterinário Iram Ferrão, fiscal estadual agropecuário, há 20 anos atuando na ADAB.  Mestre em Epidemiologia, Iram foi convidado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a ser instrutor em sete outras turmas em 2020, informando e alertando os profissionais de diversos estados brasileiros, em formato virtual, sobre a importância da notificação imediata de casos suspeitos de Febre Aftosa (FA), Peste Suína Clássica,(PSC), Peste Suína Africana (PSA) e Influenza Aviária (IA). Esta última, ataca aves e se trata de uma zoonose, doença que pode ser transmitida ao homem e, assim como as outras, de grave impacto comercial e de saúde pública, caso detectada no Brasil, um dos principais produtores e exportadores de carne suína, bovina e avícola.

O objetivo do curso é estabelecer uma rede de comunicação com os profissionais que tratam no campo das enfermidades animais para que possam despertar uma maior sensibilidade para o diagnóstico e notificação ao serviço veterinário oficial. “Criar aproximação com os colegas que conhecem a relevância em disseminar estas informações também aos produtores e frigoríficos que têm contato diário para que possamos fechar os elos da cadeia produtiva”, declara Iram.


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Sem limites

Algumas doenças são consideradas transfronteiriças, sem limites geográficos para infecção e transmissão, por isso, o controle e a detecção precoce são fundamentais, como explica o fiscal da ADAB.

”Existem planos hemisféricos para ações de controle e erradicação em grandes áreas, como é o caso da PSA, para que a enfermidade não chegue ao continente americano, pois produziria uma catástrofe comercial”.

Os dois módulos seguintes serão realizados no mês de janeiro de 2021, e todo o curso deverá contar com a participação de cerca de 150 profissionais. “Uma oportunidade para que os médicos veterinários autônomos e da iniciativa privada se atualizem sobre nossos programas sanitários e todas as ações que o serviço veterinário oficial têm realizado, também a questão do controle, vigilância e saneamento de eventuais focos de enfermidades. A expectativa é que a parceria seja ampliada para abertura de novos cursos”, ressalta o diretor de Defesa Sanitária Animal da ADAB, Carlos Augusto Spínola.

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