Mais de 8 toneladas, entre carne bovina, suína e vísceras, além de 64 bovinos e 865 frangos, resultado do abate clandestino ou transportados ilegalmente, apreendidos pela fiscalização da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia). Esse foi o saldo da última semana de operações desenvolvida pela autarquia para evitar a comercialização e consumo de produtos sem qualidade assegurada, com o objetivo de proteger a saúde pública.



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“Temos percorrido diversos territórios e retornado em algumas cidades visitadas há alguns dias para conferir se houve mudança de comportamento no comércio. Infelizmente, algumas regiões têm se mostrado reincidentes nas práticas clandestinas e não contamos com o apoio da Vigilância Sanitária dos municípios. Nos territórios do Sisal e no Médio Rio de Contas, apreendemos quase quatro toneladas de carne sem condições para consumo e interditamos dois matadouros sem nenhuma condição de funcionamento, pela falta de higiene e organização, em Ibirataia e Aiquara“, ressalta Ednilton Brito, coordenador do setor de Combate ao Abate Clandestino da ADAB.

A operação consta de visitação dos agentes aos pontos de vendas, averiguação do trânsito de cargas agropecuárias e orientação aos açougueiros, comerciantes e motoristas.



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Já na região de Caetité, Brumado, Livramento, Bom Jesus da Lapa e Guanambi, outras quatro toneladas de carne foram apreendidas após as equipes terem flagrado o transporte inadequado, em condições insalubres, sem refrigeração ou higiene, contrárias es exigências sanitárias.

“Em três dias de atuação na região, foram 25 autos de infração, a carne apreendida seguramente gerada pelo abate clandestino, além dos frangos flagrados sem a Guia de Trânsito Animal (GTA), todos os produtos foram encaminhados à graxaria para destruição, pois desconhecemos a origem e isso pode custar muito caro à produção baiana e à saúde do consumidor”, diz o médico veterinário Delcarlos Martinez, que esteve à frente de uma das equipes.

A ADAB continua fiscalizando os pontos para impedir o consumo e comercialização ilegal de produtos derivados de carne animal. O diretor-geral conclama a parceria das prefeituras para que a fiscalização seja mais efetiva e permanente. “É fundamental a continuidade das ações após nossas equipes deixarem as cidades fiscalizadas; A expectativa é que as prefeituras entrem em ação, organizando o comércio de carnes, promovendo ações educativas através da Vigilância Sanitária. É a saúde pública que corre risco, precisamos trabalhar muito e em conjunto”, destaca Maurício Bacelar.



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