Equipes da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) seguem o cronograma de orientar os produtores in loco, ou seja, nos espaços onde acontecem as dúvidas no momento da plantação, que envolve adubação, colheita, manejo e descarte de embalagens vazias de agrotóxicos. Assim foi o último Dia de Campo, atividade organizada pela autarquia em parceria com as prefeituras municipais. Na segunda-feira (24), pequenos produtores e trabalhadores representando 13 comunidades rurais de assentamentos e distritos da região do Conde participaram do encontro com os engenheiros agrônomos e fiscais agropecuários da agência.

Organizado pela Secretaria da Agricultura do Conde, o encontro presencial seguiu à risca os protocolos sanitários que exigem uso de máscara, álcool em gel e distanciamento para promover esclarecimentos importantes.



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Na primeira das três estações, a agrônoma e fiscal estadual agropecuária Jumara Fernandes, lotada no escritório de Alagoinhas, falou sobre os cuidados para utilização de agrotóxicos, junto com Erivan Romão, gerente da Central de Recebimentos de embalagens vazias, de Conceição do Jacuípe, que completou a palestra com informações sobre destinação final das embalagens dos produtos químicos utilizados na lavoura. 

A abordagem do gerente territorial da ADAB no Litoral Norte, Ricardo Motta, seguiu a linha do planejamento do pomar e a importância do cadastramento das propriedades rurais junto à ADAB.

A última estação, a cargo da coordenadora do Programa Fitossanitário dos Citros, Suely Brito, abordou a produção de mudas e manejo de pragas.

“Como exemplo, levamos a Clorose Variegada dos Citros, conhecida como ‘amarelinho ou CVC’, praga de natureza bacteriana presente na Bahia desde 1996, mas ainda sem muito conhecimento por parte de pequenos produtores e trabalhadores rurais. Muitas vezes, eles atribuem o amarelecimento e perda dos frutos à falta de chuvas ou adubação incorreta. Só que, na verdade, se trata de uma praga e precisa ser amplamente conhecida”.



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 Dra. Suely Brito também destacou as ameaças fitossanitárias a exemplo de HLB dos Citros (Greening), Cancro Cítrico e Morte Súbita, que merecem todo empenho da agência e dos Responsáveis Técnicos (RT's) para que seu ingresso e estabelecimento seja evitado.

“Por isso, o Dia de Campo é imprescindível. A partir de agora, quem participou do evento será naturalmente um agente multiplicador da informação e vai passar a divulgar essa praga "invisível', para que a comunidade rural seja informada e absorva as orientações do manejo, resultando em maior produtividade e qualidade dos frutos”, ressalta Suely Brito.

Com a publicação da Portaria 243, na Bahia, desde 2011, tornou-se obrigatória a produção de mudas em ambiente protegido. Essa medida visa garantir a oferta de mudas com qualidade genética e fitossanitária.

“Fazemos um justo agradecimento à CITROGRAF que forneceu mudas e porta-enxertos de seu viveiro telado para que os participantes do Dia de Campo pudessem compreender a importância das mudas no processo de manejo das pragas”, conclui Suely.



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