Como parte integrante do 3* Ciclo do Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), iniciou na manhã de hoje (02) um treinamento para atendimento às suspeitas de Síndrome Hemorrágica. Direcionado aos médicos veterinários que trabalham com a sanidade animal na Agência, o curso foi dividido em parte teórica e oficinas práticas e está sendo realizado no auditório da Faculdade Anísio Teixeira até esta sexta-feira (04), que apoia o encontro junto com o Fundo de Apoio a Pecuária do Estado da Bahia (Fundap), Associação Baiana de Suinocultura (ABS), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-Ba) e Granja Carolina.
Presentes na abertura do evento, o diretor geral, Paulo Sérgio Luz, o diretor de Defesa Sanitária Animal, Carlos Augusto Spínola e o coordenador administrativo financeiro, Cláudio Alves, lembraram dos investimentos feitos pelo Governador Jerônimo Rodrigues para colocar a Adab entre as melhores agências de defesa agropecuária do país, entre eles, a renovação da frota de veículos, a contratação de 500 novos profissionais técnicos e administrativos, além da realização do concurso público no próximo mês de junho.
O Treinamento de hoje faz parte dos itens de avaliação da Defesa Agropecuária da Bahia. Em todo o estado existem cerca de mais de 51 mil propriedades de suínos cadastradas, desde pequenas criações até granjas empresariais. “O importante é realizar a defesa sanitária com a segurança que o produtor precisa, mantendo os plantéis livres de doenças e o Estado com a certificação que garanta a continuidade da produção”, destaca o coordenador do Programa de Sanidade dos Suínos (PSS), Rui Leal.
O Programa tem seu foco nas doenças da lista da Organização Mundial de Saúde Animal –(OMSA), que se caracterizam pelo grande poder de difusão, com consequências econômicas ou sanitárias graves e repercussão no comércio internacional. “Todo cidadão que suspeite da ocorrência de uma dessas doenças em território baiano é obrigado a comunicar imediatamente o fato à Adab, mas o serviço veterinário oficial precisa estar preparado para atender a esta demanda”, completa Leal.
O sistema de vigilância sanitária para a Peste Suína Clássica (PSC) - ausente na Bahia - é composto por um conjunto de ações que visam impedir o ingresso da doença e detectar sinais da presença do agente patogênico em uma população suína susceptível, permitindo uma reação rápida do Serviço Veterinário Oficial. Em 2021, esse sistema de vigilância teve o escopo de vigilância ampliado para Peste Suína Africana (PSA) e Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS) por meio da implantação do Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos.
Programação
Iniciando as atividades do Treinamento a professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Maria Isabel Guedes falou sobre “Aspectos clínicos e epidemiológicos da PSC, PSA e PRRS”. Em seguida pesquisadora da Embrapa, Virgínia Santiago, abordou “O papel dos suínos asselvajados na epidemiologia da PSA”. Depois foi a vez do representante da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), César Macedo, tratar da “Interface SVE e agentes de manejo populacional na execução do componente 5” e, finalizando a programação, a auditora do MAPA, Alessandra Alves, apresentou o “Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos”.
Amanhã estão previstas palestras sobre sobre “Procedimentos para atendimento a suspeitas no âmbito do PNSS” e “Planos de Contingência PSC/PSA”. Todas proferidas pela auditora Alessandra Alves.
Pela tarde serão realizadas as oficinas práticas. Os participantes serão divididos em 3 salas para as abordagens em procedimentos de biossegurança, epidemiologia, além de sacrifício, necropsia, coleta e envio de amostras pelos especialistas, José Neder, Leonardo Moura e Verena Souza, da Adab, e César Macedo e Mateus Girardello do Cidasc.
Encerrando a programação, no último dia, além das oficinas práticas, os participantes farão uma avaliação do Treinamento.