A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB foi criada há 20 anos, mas a história da defesa agropecuária é anterior, começou lá atrás, na década de 1960 com o Grupo de Erradicação da Febre Aftosa na Bahia – GERFAB. A partir da GERFAB foram criados os pilares da defesa agropecuária: sanidade animal, sanidade vegetal e a inspeção de produtos de origem animal e vegetal.

Graças aos esforços iniciados no século passado, a Bahia está há 22 anos, felizmente, sem contabilizar nenhum caso de febre aftosa, este status valoriza toda a agropecuária baiana e nos capacita, num futuro muito próximo, a nos tornar zona livre desta zoonose sem vacinação, o que vai abrir os mercados mais exigentes do mundo aos nossos produtos. Na sanidade animal, também, merecem atenção especial a brucelose, a tuberculose, a raiva dos herbívoros, o mormo, a anemia infecciosa eqüina, entre outras doenças.

Na fitossanidade a atenção, o trabalho e as pesquisas são muito grandes para diversas pragas que ameaçam nossas plantações. O bicudo no algodão, a ferrugem asiática na soja, a mosca nas frutas, a cochonilha do carmim na palma, as viroses nos mamoeiros, as sigatokas nas bananeiras, o cancro cítrico nos citros, entre tantas outras pragas.

Na inspeção dos produtos de origem animal e vegetal, protegemos a saúde humana, trabalhamos para que só cheguem à mesa da população produtos que não coloque em risco a saúde das pessoas.

Nosso estado é grande territorialmente, com diversos tipos de solo e clima o que facilita a diversificação da produção agrícola e o crescimento deste setor da economia, que já é responsável por quase 25% da receita do estado e 1/3 dos empregos dos baianos, o que só faz aumentar nossa responsabilidade.

Graças à atuação dos servidores da ADAB nossos rebanhos estão protegidos, nossas culturas livres de pragas e os produtos de origem animal e vegetal alimentam a população com segurança. Pelos serviços de excelência prestados nestes primeiros vinte anos de existência, o desafio é bem maior nos próximos anos. Erradicamos a peste suína clássica e estamos vencendo a aftosa, mas a brucelose, a tuberculose está aí, controlada é verdade, mas, também, precisam ser erradicadas. Na defesa vegetal, através do manejo de cultura temos convivido com diversas pragas e temos aumentado nossa produtividade, mas a praga se reinventa, a monolíase ameaça a combalida cultura do cacau; a mosca da carambola, as frutas; o greening, os citros; o mal do Panamá, as bananeiras. Precisamos continuar atentos e trabalhar arduamente.

Para vencer os próximos desafios é preciso que os governos, os produtores e a população continuem atuando em conjunto, somando esforços numa só direção, priorizar os investimentos na educação das pessoas, nas pesquisas e no desenvolvimento de novas tecnologias. Só assim vamos continuar dando nossa contribuição na produção de alimentos saudáveis, na geração de emprego e renda para os baianos.


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