A Brucelose, enfermidade que atinge fêmeas de bovinos e bubalinos é uma das mais temidas pelos produtores rurais por causa das perdas econômicas geradas pelos surtos da doença zoonótica, ou seja, capaz de atingir também o ser humano. A meta do governo do estado é ampliar significativamente a cobertura vacinal dos rebanhos. Em função disso, a ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) começa o ano com capacitação de agentes vacinadores para a Brucelose, treinamento que acontece entre 12 e 14 de janeiro, em Ribeira do Pombal, território do Semiárido Nordeste II.

“Desenvolvemos estratégias para aumentar o índice de vacinação em todas as regiões. Estamos capacitando interessados em evitar a doença na área onde atuam, o que nos deixa mais tranquilos em relação à segurança da vacina, que deve ser aplicada sob muita atenção, pois a bactéria viva, presente em sua composição, tem o poder de contaminar o vacinador. Então, somente pessoas que passarem pelo treinamento e credenciadas pelos veterinários oficiais ou médicos cadastrados junto à ADAB podem aplicar a vacina de forma adequada”, explica a coordenadora do PNCEBT-BA (Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina), Luciana Ávila.

Durante três dias, a turma vai estar reunida na Câmara de Vereadores de Ribeira do Pombal para entender o processo da vacinação, os cuidados, o local adequado para aplicação, a compra e o armazenamento do imunizante, entre outras orientações da médica veterinária da ADAB, Rejane Noronha.

A vacina contra a Brucelose é obrigatória para bezerras entre 3 e 8 meses de idade e a doença pode causar aborto, nascimento de bezerros fracos, problemas no parto, além de infertilidade nos animais, o que se reflete em grandes prejuízos econômicos. 

“Motivar produtores rurais a proteger seus rebanhos através da vacina e ampliar o número de agentes vacinadores nas regiões onde essa colaboração seja indispensável, significa possibilitar que a Bahia aumente sua cobertura vacinal contra a Brucelose. O treinamento é gratuito e realizado de forma criteriosa para que todo o processo aconteça de forma segura, com turmas restritas a no máximo 15 alunos e obedecendo às determinações de segurança sanitária, em função da pandemia do novo coronavírus, com o distanciamento entre os novos agentes e monitores, utilização de máscaras e álcool em gel”, diz Maurício Bacelar, diretor-geral da ADAB.

Após as aulas teóricas, os alunos seguem para campo onde aprenderão, na prática, como vacinar. “Ao longo dos 21 anos da ADAB, já foram preparados mais de 5 mil agentes vacinadores na Bahia e atualmente estão em atividade cerca de 1 mil pessoas que colaboram com os veterinários do serviço oficial, além da participação essencial de médicos veterinários da iniciativa privada para ampliação da imunidade dos rebanhos do estado”, ressalta Luciana.

O curso de capacitação acontece em parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e novas turmas já podem ser formadas, nos próximos meses.


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