A Adab e a Câmara Setorial do Cacau da Bahia promoveram uma reunião, no último sábado (22), no Centro de Convenções de Ilhéus, para discutir ações de prevenção da Monilíase, praga que ameaça a cacauicultura brasileira.

Não há registro de casos na Bahia, mas a doença está presente em todos os países produtores na América Latina e, no Brasil, nos estados do Acre e Amazonas. Pará e Rondônia entraram em emergência fitossanitária em virtude do aumento dos riscos de dispersão da praga para suas áreas, que não registram a presença da doença.

No encontro em Ilhéus, durante o Festival Internacional do Chocolate e Cacau, o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, anunciou a criação de uma Comissão Técnica Regional para tratar do tema, além da elaboração de um Plano Estadual Emergencial, sob a coordenação do Projeto Fitossanitário de Prevenção à Monilíase da Agência baiana.

“São medidas preventivas para que a praga não avance em outras regiões produtoras de cacau. A comissão técnica vai se reunir uma vez por mês para discutir novas etapas e ações para a prevenção da monilíase do cacaueiro”, explicou Luz. Ainda segundo o diretor-geral, o próximo encontro ficou marcado para o dia 30 de agosto, em Itabuna.

Na reunião de sábado, cerca de 20 representações, entre órgãos e entidades públicas e privadas, ligadas ao setor cacaueiro, participaram do encontro, entre elas, representantes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); membros da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR); da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater); Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), ambos órgãos do governo do Estado; da Universidade Federal do Sudoeste Baiano (UFSB), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFbaiano); do Centro de Inovação do Cacau (CIC), além de representantes das cadeias produtivas de cacau e chocolate como o Centro Mars de Ciência do Cacau; CocoaAction Brasil; Associação Bean to Bar Brasil e a Cooperativa Agrícola Gandu (Coopag).

O diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Jamir Macedo, e membros da Câmara Setorial do estado paraense também estiveram presentes. O Pará também é produtor e utiliza os moinhos de Ilhéus para a moagem da amêndoa do cacau.