A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) promoveu, nesta quinta-feira (5), durante a Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro), o 1º Encontro Estadual de Aspectos Fitossanitários do Complexo Produtivo da Soja e do Milho.
O evento, organizado pela Diretoria de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV), reuniu produtores rurais, técnicos, gerentes, associações e representantes do setor produtivo de diferentes regiões do estado para discutir propostas do calendário de cultivo da soja em novas áreas da Bahia.
“O cultivo da soja tem se expandido para outros Territórios de Identidade, com destaque para o Litoral Norte e Agreste Baiano, Velho Chico, Chapada Diamantina, Irecê e Extremo Sul, que possuem regimes pluviométricos diferentes em relação ao Oeste do estado. Por isso, a necessidade para a definição do calendário regionalizado para a semeadura e período do vazio sanitário”, explicou o diretor da DDSV, Vinícius Videira.
Ainda de acordo com Videira, a adoção de medidas fitossanitárias contribuirá para a cultivo sustentável da soja e o combate à Ferrugem Asiática, considerada a praga mais severa da cultura, que pode causar perdas, caso não seja controlada, de até 90% da produtividade. “A praga já foi detectada em cultivos de soja no Território de Identidade Litoral Norte e Agreste Baiano”, alertou.
No encontro foi apresentada uma proposta para o calendário agrícola da soja regionalizado – Safra 2025/2026 – conforme determina o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“É muito importante esse trabalho realizado pela Adab, levando conhecimento aos produtores, às entidades. Nossa expectativa [de colheita] é a melhor possível. Plantamos a nossa soja na melhor janela de plantio possível. Se correr normalmente o tempo, a Bahia baterá o recorde de produtividade”, comemorou o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado da Bahia (Aprosoja), Darci Salvetti.
Durante a programação, que contou também com apresentações e discussões técnicas voltadas ao fortalecimento da sustentabilidade e produtividade agrícola, o gerente de agronegócio e coordenador do Programa Fitossanitário da Soja da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Aloísio Júnior, apresentou os principais resultados e iniciativas implementadas no Oeste da Bahia.
“É muito importante discutir com o setor produtivo iniciativas para o cultivo de soja a nível estadual. A Aiba tem experiência e know-how no segmento e na cultura para discutir calendários e propostas, não só para a região Oeste da Bahia, mas para propor iniciativas para outras regiões do estado”, afirmou o representante da Aiba.
A estimativa para a safra 2024/2025 de soja é de 2,1 milhões de hectares em área cultivada e uma produtividade média de 67 sacos por hectare (sc/ha), o que consolidará a Bahia como maior produtor de soja do Nordeste. O cultivo do milho também é destaque, com estimativa para a safra 2024/2025, corresponde a 123 mil hectares e produtividade média de 170 sc/ha. A região Oeste da Bahia é responsável por 43% de todo o milho produzido no estado.