Abacaxicultores familiares recebem mudas da variedade vitória e passam a produzir mais por área plantada, reduzindo custos e contaminação ambiental e dos trabalhadores

Como medida de controle da Fusariose nas plantações de abacaxi da Região Baixo do Sul da Bahia, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura, orienta e capacita os pequenos abacaxicultores em fitossanidade sobre a implantação de jardins clonais utilizando a variedade vitória, resistente ao fungo. Em parceria com a BIOFÁBRICA, SDR/CAR/BAHIATER, FETRAF, CEPLAC,EMBRAPA e secretarias municipais da agricultura, 20 mil mudas foram distribuídas e os produtores capacitados em duas comunidades de agricultura familiar, localizadas no distrito de formiga em Valença, polo de produção de abacaxi.

Os resultados alcançados pelos jardins clonais implantados no Baixo Sul, a exemplo de Ibirapitanga, Santa Luzia e Ilhéus, permitem constatar que o nível de dano econômico da fusariose nestes jardins clonais foi de praticamente zero. “Do ponto de vista da fitossanidade, é um grande avanço, além de ser uma forma de reduzir os danos causados pra uma região que é a 2ª maior produtora de abacaxi da Bahia, com área estimada em 350 hectares cultivados por 400 pequenos agricultores, destes 95% são familiares”, incentiva o diretor-geral da ADAB, Marco Vargas, e agradece ao empenho de todos os servidores envolvidos, em nome do gerente da ADAB de Valença, Marcelo Lavhlavnicka.

“Os abacaxicultores que utilizam os jardins clonais com esta variedade de abacaxi passam a produzir mais por área plantada, diante do maior adensamento de plantas devido à ausência de espinhos nas folhas, e com menor utilização de agrotóxicos, reduzindo custos e contaminação ambiental e dos trabalhadores”, esclareceu o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Agência, Armando Sá. Ele ainda acrescenta que esta variedade possui o brix (teor de açúcar) em torno de 16%, tornando-a uma ótima opção de agregação de renda e valor para a produção da agricultura familiar no baixo sul baiano.

Durante a capacitação, o fiscal estadual agropecuário, o engenheiro agrônomo Geraldo Nascimento, informou que, de acordo os inquéritos fitossanitários realizados pela ADAB de Valença, o nível de dano econômico da fusariose, principal doença desta cultura, pode atingir mais de 50% de perdas dos frutos na região.

Amanda Almeida
Assessora de Comunicação
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