A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura, vai realizar cursos de multiplicadores para implantação do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para Sigatoka-negra. Estas capacitações estão previstas no Plano de Contingência da Praga, onde delimita os locais de ocorrência e estabelece a implantação e manutenção do SMR, com a proposta de minimizar os impactos econômicos, sociais e ambientais causados pela mais grave doença da bananeira, com perdas de até 100% da produção.
O primeiro curso teve início na terça-feira (07), no Espaço Vibração, em Presidente Tancredo Neves, encerrando ontem (08), com as aulas práticas. O próximo curso acontece entre os dias 15 e 16 de junho, no IF Baiano, em Valença. O público-alvo são todos os profissionais ligados à extensão rural do baixo sul da Bahia: engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas; CEPLAC; SENA; profissionais das Secretarias Municipais de Agricultura; Bahia Ater e SDR.
O fiscal estadual agropecuário e coordenador do Projeto Fitossanitário da Sigatoka-negra, Alessandro Oliveira, informa que a aula pratica acontece na mesma metodologia de um Dia de Campo, com estações divididas pelos temas das palestras. “A expectativa é que estes cursos sirvam como uma forma concreta de implantação das medidas fitossanitárias nas áreas detectadas com Sigatoka-negra. O intuito é conviver com a praga, viabilizando a comercialização dos produtos. Que não fique só na teoria”, disse o coordenador. Alessandro explanou sobre as formas de detecção de Sigatoka-negra na Bahia e novos procedimentos de trânsito de banana.
Zilton Cordeiro e Fernando Haddad, ambos da EMBRAPA, apresentaram sobre o “manejo integrado do mal-de-Sigatoka da bananeira” e o “Mal-do-Panamá da bananeira: situação atual, diagnóstico e ações da Embrapa para o manejo integrado da doença”, respectivamente. Eles também ministraram as aulas práticas sobre as práticas de controle integrado e reconhecimento de sintomas do mal-de-Sigatoka em campo e a sintomatologia, coleta de material para diagnóstico e manejo integrado do Mal-do-Panamá.
A ADAB busca minimizar o risco da disseminação da doença em uma produção de importância socioeconômica significativa, com área total de 80.000 hectares. “Mais de 77% das propriedades produtoras de banana são de pequenos agricultores, com até 20 ha. Caso a Sigatoka-negra se dissemine por todo o Estado, o impacto socioeconômico será incalculável para todos os elos da cadeia produtiva”, ressalta o diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá.
09/06/2016
Amanda Almeida
Assessora de Comunicação
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