Programa de Descentralização do Abate aumenta em 100% o número de frigoríficos inspecionados

Os brasileiros estão entre os maiores consumidores de carne bovina, com o consumo em torno de 37 quilos “per capta” por ano (Mapa, 2013), aliados ao crescimento da pecuária de corte e do número de bovinos abatidos, que fechou até setembro 1.089.052 sob o serviço de inspeção sanitária estadual e federal. Contudo, o Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura e sua Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), desenvolveu formas para garantir a segurança do alimento cárneo para a população durante os últimos 8 anos. O aumento do parque industrial frigorífico de 94%, crescendo de 18 unidades de abate em 2006, para 35 em 2014, foi um marco para toda cadeia produtiva da carne, ampliando a oferta de produtos seguros e de qualidade para toda a Bahia e incrementando a geração de emprego e renda.

Nesse período tornou-se fundamental as ações desenvolvidas pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal na fiscalização da qualidade dos produtos, atuando junto às indústrias processadoras e coibindo, ainda, o abate e trânsito de produtos clandestinos. Das 35 empresas registradas no Serviço de Inspeção, entre iniciativa pública e privada, 10 são a nível Federal (SIF) e 25 Estadual (SIE), com a perspectiva de inauguração de mais uma unidade de abate ainda este ano, atingindo 100% de crescimento ao final dos 8 anos de Governo. O abate estimado para o ano de 2014 é de 1.450.000 animais, quase o dobro da quantidade de 2006, quando foram contabilizados 819,882 animais/ano.

Através do Projeto de Descentralização do Abate no Estado da Bahia, estão em construção mais 13 matadouros frigoríficos, com o objetivo de combater o abate clandestino, além de atender a demanda de municípios que não dispõem de frigoríficos, oferecendo à população carne saudável e de qualidade. Uma planta frigorífica que vai atender às demandas dos municípios de Araci, Barra, Iguaí, Itaberaba, Itanhém, Medeiros Neto, Paramirim, Santa Rita de Cássia e Valente, Remanso, Bom Jesus da Lapa, Morro do Chapéu e Valença, com recursos provenientes da parceira entre o governo do Estado e o governo federal.

“Não lidamos apenas com uma unidade de abate que precisa estar em conformidade com as normas legais. O compromisso prioritário da SEAGRI/ADAB é com a saúde pública, uma vez que, a cada inauguração de um matadouro, percebemos a redução do abate clandestino na região. Quando pensamos em alimento seguro, a qualidade da carne produzida torna-se ainda mais importante”, acrescentou o secretário de agricultura, Jairo carneiro.

Governo combate o abate clandestino

Apesar do notável desenvolvimento do setor de abate no estado, estima-se ainda que exista cerca de 30%de abate clandestino. Por isso, em ação conjunta com o Ministério Público, a ADAB vem realizando laudos técnicos para interdição e adequação de matadouros sem registro no Serviço de Inspeção, utilizando sempre a orientação e conscientização dos responsáveis da comunidade. Diante disso, observou-se a necessidade de outros instrumentos capazes de promover a manutenção da cadeia em todo o processo, desde o abate até a comercialização.

De forma pioneira e oportuna, o Projeto de Entrepostos Frigoríficos Modulares surgiu como uma estratégia de governo para a estruturação do elo final da cadeia da carne, a distribuição para o comércio varejista, em municípios sem abatedouros frigoríficos. As estruturas modulares, cuja característica fundamental é a praticidade e rapidez de montagem, foram instaladas anexas aos centros de abastecimentos. A finalidade do entreposto é receber os produtos cárneos dos frigoríficos inspecionados mais próximos e abastecer os balcões refrigerados para comércio, propiciando à população à carne de qualidade. Inicialmente foram implantadas 13 unidades, nos municípios de Igaporã, Esplanada, Araçás, Barra do Choça, Boa Vista do Tupim, Mundo Novo, Salina das Margaridas, Uruçuca, Senhor do Bonfim, Tapiramutá, Wenceslau Guimarães, Luiz Eduardo Magalhães e Uauá.

O consumo de carne bovina é parte fundamental da dieta dos brasileiros, e, hoje, a preferência do consumidor cresce por carnes certificadas e de boa qualidade, além, de cortes de preparo rápido. O diretor geral da ADAB, Paulo Emílio Torres, acredita que, atualmente, os consumidores valorizam mais aspectos relacionados à segurança do alimento e maior qualidade do produto, de acordo com seus gostos e preferências (estética, valores nutricionais, aspectos ambientais, rastreabilidade, certificação, entre outros). “No interior da Bahia, atribuo à mudança também ao trabalho realizado de educação sanitária, voltado para a conscientização da sociedade em relação ao consumo responsável de produtos cárneos”, acrescentou. Em média são instruídos 10 mil estudantes da rede pública de ensino e agrotécnicos por ano, considerados agentes transformadores, seja com os pais e familiares ou para a formação de um futuro mais consciente.

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