Um dia de imersão no mundo de sabores, aromas, sensações e economia do cacau. Assim foi o segundo dia de visita do diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Sérgio Luz e do chefe de gabinete da Secretaria de Agricultura (Seagri), Thiago Viana. Acompanhados pelos agrônomos da Agência, Catarina Sobrinho e Clécio Teles, eles conheceram todas as etapas da cadeia produtiva do cacau. O grupo conferiu desde a agroindústria, viveiros de mudas, produção em sistema Cabruca, processo de fermentação das amêndoas, secagem, processamento do grão até a formação da base do chocolate, na Fazenda Luz do Vale, pertencente ao grupo agrícola Condurú, em Ilhéus. A agenda incluiu o escoamento da produção de cacau pelo Porto de Ilhéus foram vistos pela comitiva conjunta Adab/Seagri.
O Theobroma Cacao, mais conhecido como o Alimento dos Deuses, já era utilizado pelos antigos povos indígenas no México. Hoje, entre os principais países produtores estão Costa do Marfim, Gana, Indonésia, Camarões e Brasil. “Estamos falando de uma cadeia extremamente forte e importante para o Território do Litoral Sul e que vem modificando seu perfil produtivo para se adequar à convivência com algumas pragas e às exigências dos mercados de chocolate no mundo todo”, explicou o chefe de gabinete da Seagri, Thiago Viana.
A Fazenda Luz do Vale recebe a produção de 150 pequenos e médios produtores da região. Desde 2012 eles trabalham com o conceito de conservação e transformação criativa do cacau para o aproveitamento total da fruta, gerando renda de forma a consolidar marcas de diversos produtos e chocolates especiais. “Ao conhecer empreendimentos como esse, fica a certeza de que a fitossanidade também faz parte de todo este processo. Afinal, uma planta monitorada gera fruto sadio, amêndoas de qualidade e, por fim, um produto altamente especializado para o consumidor”, elencou o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz.
Pela tarde, a comitiva se deslocou até Ilhéus onde se encontrou com o superintendente federal da agricultura na Bahia, Fábio Alexandre Rosa, para estreitar laços entre as instituições estaduais e federais e conhecer o Porto de Ilhéus. Recebidos pelo chefe da Guarda Portuária, Gilberto Rodrigues, o grupo viu de perto as áreas de escoamento, verificação de cargas, carregamento de caminhões e o trabalho de fiscalização realizado pelos fiscais federais do Ministério da Agricultura para evitar a introdução de doenças e pragas de impacto econômico que possam afetar a produção baiana de cacau e derivados.
O Porto de Ilhéus recebeu, em 2022, 425 mil toneladas de grãos, minérios e cacau. De outubro do ano passado até março deste ano mais de 30 navios, de carga e turístico, aportaram na cidade, movimentando a economia local. “O cacau é uma operação exclusiva do Porto de Ilhéus e os navios atracados aqui demandam bastante mão de obra, portanto, há uma função social significativa na região”, destacou o chefe da Guarda Portuária. Para o superintendente federal da Agricultura, a importância da cadeia produtiva do cacau vai além dos desafios com a Monilíase nas fronteiras nacionais e internacionais. “A união entre as esferas municipal, estadual e federal precisa ser mantida para dar uma resposta satisfatória à sociedade. As empresas oferecem produtos ao consumidor. Logo, nossa responsabilidade na cadeia do cacau é preservar a segurança fitossanitária para as pessoas”, finalizou Fábio Alexandre.
Ascom Adab 16.03.23
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