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Tudo pronto para o início da primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa de 2015. De 1º a 30 de maio, mais de 10 milhões de bovinos e bubalinos existentes na Bahia devem ser vacinados, de acordo com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

São 30 dias para o produtor adquirir e realizar a aplicação das doses em todo o rebanho, independente da faixa etária. Na aplicação devem ser obedecidas as recomendações do fabricante em relação à dosagem (5 ml para qualquer idade), prazo de validade, meio de transporte e conservação, cuidados na assepsia da seringa e local correto de aplicação da vacina (tábua do pescoço).

A Bahia possui certificação de Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação, sendo um dos estados pioneiros no combate à enfermidade. Nos últimos anos o estado obteve conquistas importantes que tornaram a agropecuária ainda mais forte. São 18 anos sem registro da doença no Estado, por isso o diretor-geral da ADAB, Oziel Oliveira, solicita maior o empenho a todos os criadores, mas principalmente ao pequeno produtor, considerando o risco para a enfermidade. “Aqueles que têm uma, duas, três cabeças de gado, também precisam vacinar. O Pequeno faz grande diferença, já que trabalhamos para atingir o índice de 100%”, prospecta Oziel.

O não cumprimento da vacinação no período previsto acarretará em penalidades para o produtor, além de multas no valor de R$53 por animal não vacinado. De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, o criador será autuado por não vacinar dentro do prazo estabelecido e a multa deve ser calculada sobre o número de animais. “Além disso, a propriedade fica impossibilitada de movimentar o rebanho, bem como de participar de eventos pecuários”, completa Leal.

Até o dia 15 de junho o criador deve comunicar a vacinação nos escritórios da ADAB e realizar a atualização do cadastro, informando também as outras espécies de animais criados na propriedade. Quem não declara a vacinação recebe uma multa no valor de R$ 159 e fica sem acesso ao documento sanitário dos animais. “Por isso, não deixe para última hora. A equipe da ADAB está preparada para receber todos os 280 mil produtores. Seja um Criador Responsável”, acrescenta o coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa na Bahia, Antônio Lemos Maia Neto.

A Aftosa

A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta animais de casco fendido, como os bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. Pode ser transmitida principalmente pelo contato entre os animais doentes e sadios. O vírus pode ser transportado pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas que entram em contato com os animais doentes.

A enfermidade provoca restrições sanitárias e comerciais ao estado e ao país, desvalorização no preço da arroba, desemprego no setor frigorífico e pode causar embargos comerciais a outros produtos, como o farelo de soja, frutas e exportação de carne de frango e suína, além de grande impacto social e econômico.

O impacto negativo de uma enfermidade como a febre aftosa em um país é calculado em bilhões de dólares/ano. O último foco de Aftosa ocorrido no Brasil, no Mato Grosso do Sul e Paraná, em 2005 e 2006, respectivamente, ocasionou a perda de 78 mil cabeças e custo financeiro direto superior a R$ 47 milhões nas ações, apenas, de saneamento. Causou também a supressão do status sanitário de mais de 10 estados no Brasil, inclusive a Bahia, só sendo restabelecido em 2008.

Ascom Adab

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