A autorização de execução da obra pela Caixa Econômica Federal e a assinatura da ordem de serviço para construção do matadouro frigorífico de Bom Jesus da Lapa, que vai garantir o consumo de carne saudável na região, foi concretizada nesta segunda-feira (13), na Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri). O novo frigorífico soma-se às unidades de Morro do Chapéu, Valença e Remanso, que terão capacidade de abater 100 animais/dia, cujas empresas ganhadoras das licitações já assinaram contrato de construção. “Estamos criando condições para que o pequeno produtor tenha como e onde abater seus animais, com segurança sanitária, e ao mesmo tempo garantindo a saúde da população e o combate ao abate clandestino”, disse o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles.
Além desses quatro frigoríficos, o governo do Estado, através da Seagri e da Sucab, já licitou e contratou a construção de mais nove unidades nos municípios de Araci, Barra, Iguaí, Itaberaba, Itanhém, Medeiros Neto, Paramirim, Santa Rita de Cássia e Valente, com capacidade para abate de 30/100 animais/dia, que vão atender às demandas de municípios que englobam a região.
O ato contou com as presenças do prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro; do deputado estadual, Mario Negromonte Junior; o chefe de gabinete da Secretaria da Agricultura, Jairo Carneiro; do diretor geral da Superintendência de Construções Administrativas da Bahia (Sucab), José de Anchieta; do secretário da Agricultura de Bom Jesus da Lapa, Marcos Ayala, e do diretor da Terra Oeste Engenharia, empresa que venceu licitação para construção do frigorífico, Gustavo Kanz.
De acordo com Eduardo Salles, o frigorífico que terá um valor final de aproximadamente R$ 4,5 milhões, teve autorizada agora a parte de construção civil, no valor estimado de R$ 2,5 milhões. A Bahia possui atualmente 33 frigoríficos e mais 20 estão em processo de construção, sendo 13 pelo governo do Estado e sete pela iniciativa privada.
Para a construção dos13 matadouros frigoríficos, serão investidos cerca de R$ 26 milhões, e mais R$ 17 milhões para compra de equipamentos. Os recursos são do governo do Estado e do governo federal, através dos ministérios da Agricultura (Mapa), e Desenvolvimento Agrário (MDA). Os frigoríficos serão construídos com planta padrão, desenvolvida pela Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), através da Agência de Defesa Agropecuária (Adab), que se tornou referência nacional. Esse modelo foi disponibilizado pela Seagri para todas as secretarias estaduais de Agricultura do Brasil.
O diretor da Terra Oeste Engenharia, Gustavo Kanz, informou que a previsão de finalização das obras está estimada para até o final de 2014. “É uma satisfação ajudar na concretização de um sonho de milhares de produtores baianos”, destacou.
O prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, acredita que a implementação do matadouro simboliza o fortalecimento econômico da região. Segundo ele, a unidade vai atender em média dez municípios circunvizinhos. “O frigorifico de Bom Jesus da Lapa tinha capacidade de abate de 100 animais/dia e está desativado há aproximadamente sete anos. O novo matadouro amplia essa capacidade para até 200 animais/dia”, ressaltou o prefeito.
De acordo com o secretário da Agricultura de Bom Jesus da Lapa, Marcos Ayala, o fechamento do frigorífico deixou os produtores desestimulados por conta do alto custo de deslocamento dos animais para abate em cidades vizinhas e por isso atualmente a população do município consome carne de outros lugares. “O frigorífico vai estruturar e fortalecer a pecuária da região. Bom Jesus da Lapa tem uma grande potencial tanto para produção leiteira, quanto para criação de gado de corte, principalmente entre os pequenos produtores”, disse.
Ação inédita no País
De acordo com o secretário da Agricultura, esta é uma ação inédita e pioneira no País, uma demonstração de que o governo está preocupado com a saúde da população, e executa ações com o objetivo de garantir o consumo de carne saudável, combatendo o abate clandestino. Para ele, a construção dos frigoríficos possibilita acima de tudo, a estruturação da agropecuária da região onde a ferramenta está inserida. “O nosso objetivo não é apenas estruturar a parte industrial do frigorífico, mas o desenvolvimento da pecuária.
Salles lembra que, “quando todos diziam que não era possível construir um matadouro com menos de R$ 10 milhões, mas nós provamos que podemos construir com aproximadamente R$ 3 milhões, e a planta que desenvolvemos tornou-se referência nacional, aprovada pelo Ministério da Agricultura”, explicou Salles.
A construção dos novos matadouros frigoríficos é parte do Projeto de Descentralização do Abate no Estado da Bahia, programa criado pela Seagri/Adab com o objetivo de combater o abate clandestino, atender a demanda de municípios que não dispõem de frigoríficos, e oferecer à população carne saudável e de qualidade.
Fonte: Ascom Seagri