Monilíase do Cacaueiro é tema de curso no Território Litoral Sul

A Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adab) promoveram, nos dias 05 e 06 de setembro, o curso sobre Monilíase do Cacaueiro. O evento foi realizado no Centro de Treinamento da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), no município de Ilhéus, Território de Identidade Litoral Sul.

O curso teve o objetivo de capacitar os técnicos na identificação da doença, ainda não existente no território brasileiro. Na ocasião, foi proposta ainda a criação de um grupo para atuar na prevenção e monitoramento no caso específico da monilíase, em conjunto com os órgãos de defesa sanitária. Temas como o Plano de contingência, Tecnologia de aplicação de Agrotóxicos, Metodologia de levantamento, detecção e monitoramento e Educação Sanitária, foram abordados na capacitação.

A coordenadora do Projeto Fitossanitário de Prevenção à Monilíase da ADAB, Catarina Cotrim de Mattos Sobrinho, esclarece que a monilíase ataca somente os frutos, provocando perdas de 30% até 100% da produção, elevando os custos de produção com o seu controle. "O estado da Bahia é classificado como área de baixo risco para introdução desta praga, entretanto, considerando o aumento da malha viária existente no país, linhas aéreas e de ônibus interligando essas regiões, intensificando o trânsito de pessoas e material vegetal, o risco de introdução desta praga torna-se cada vez maior. Assim, fazem-se necessárias medidas fitossanitárias para evitar e prevenir a chegada da praga em território baiano, resguardando o agronegócio cacau dos impactos econômicos, sociais e ambientais de forma cautelar", completou a coordenadora.

A técnica da Bahiater, Elaine Martins, salientou que “o evento foi muito importante para articular ações integradas de todos os grupos e instituições que atuam na assistência técnica e extensão rural (ATER) do Litoral Sul Bahia”. Para Welington Leite, técnico da Bahiater, o curso foi excelente, "além dos aspectos técnicos tivemos a oportunidade de conhecer parte da legislação que envolve transporte e comercialização vegetal e os procedimentos e cautelas que devem ser tomadas para o enfrentamento da doença caso ela venha a ser introduzida no país".