Começou na segunda-feira (15) o XXX Curso de Certificação Fitossanitária de Origem (CFO/CFOC), no auditório da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas. Durante a abertura um panorama da Defesa Sanitária Vegetal na Bahia foi apresentado pelo diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá, com informações sobre as ações e atividades dos projetos fitossanitários desenvolvidos pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura.

O diretor reforçou que os RTs precisam estar cientes da importância do trabalho de defesa realizado pela Agência, já que eles atestam a fitossanidade da produção para comercialização interna e para exportação. “Quando o assunto é a detecção do foco de alguma praga no Estado, são os RTs que devem notificar, primeiramente, sobre a suspeita de ocorrência de alguma praga. Vocês são os nossos olhos dentro das propriedades, pois estão em contato direto com o produtor e com as situações sanitárias das lavouras, emitindo de forma consciente e responsável os Certificados na Bahia”, disse Sá. “A sanidade está sempre atrelada à qualidade do alimento e isso não é só para exportação, o consumidor interno está cada vez mais exigente”.

As ações desempenhadas pelos Projetos Fitossanitários da Agência têm sempre o objetivo de salvaguardar a produção e a exportação do estado, mantendo a Bahia como o maior produtor mundial de Graviola, o primeiro estado em produção nacional de Pinha, Manga, Mamão, Cacau e Sisal, e segundo maior produtor nacional de Banana, Citros e Algodão, este com melhor fio.

Todas as culturas são hospedeiras de pragas presentes ou ausentes, de importância econômica, a exemplo do Mofo Azul do Tabaco (ausente) na cultura do fumo, da Mosca-das-Frutas (presente e controlada com Sistema de Mitigação de Risco - SMR) na fruticultura e Monilíase do Cacau (ausente). “Após o enfrentamento da Largarta Helicoverpa armígera, a Mosca Negra dos Citros e Sigatoka Negra (banana) são as pragas do momento”, reforçou o diretor.

Com área plantada de 60 mil hectares, há dois anos a ADAB vem alertando aos citricultores sobre a necessidade de serem adotadas as medidas para o controle da Mosca Negra, mas estas não foram cumpridas, agravando a situação, principalmente, no recôncavo baiano. De acordo com o Diretor, a primeira ação será a supressão populacional e os agricultores já estão sendo conscientizados para as boas práticas de manejo da cultura, especialmente com o uso de mudas de boa qualidade, uso racional de fertilizantes e dos recursos naturais.

Já em relação à Sigatoka Negra, a mais grave doença da bananeira, a Bahia já está executando o Plano de Contingência com medidas efetivas de controle da praga no Estado, minimizando os impactos econômicos, sociais e ambientais. O Plano foi elaborado pela ADAB e delimita os locais de ocorrência da praga; estabelece a implantação e manutenção do SMR para viabilizar a comercialização dos produtos de áreas com ocorrência da praga; intensifica a fiscalização do trânsito entre as áreas de foco e as sem ocorrência; e propõe campanhas educativas para a conscientização dos envolvidos no agronegócio da banana.

Programação

A equipe da ADAB e pesquisadores da EMBRAPA/CNPMF se revezam para a orientação dos profissionais inscritos. Eles vão abordar os mais atuais temas e ações de prevenção, controle e manejo de pragas como a Cochonilha do Carmim (Dactylopius opuntiae) e Cochonilha Rosada do Hibisco (M. hirsutus); Sigatoka Negra (Mycosphaerella fijiensis) e Moko da Bananeira (Ralstonia solanacearum raça 2); Cancro-cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri), Huanglongbing (Candidatus liberibacter), Pinta preta (Guignardia citricarpa), Mosca-negra (Aleurocanthus woglumi); o Cancro Bacteriano da Videira (Xanthomonas campestris) e as pragas do mamoeiro.

“Vocês, engenheiros agrônomos aqui presentes, vão receber informações de instrutores do mais alto nível na área de sanidade vegetal, fazendo deste curso um grande incentivo à vida agronômica”, concluiu Armando Sá.

O curso é realizado com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Mandioca e Fruticultura), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Conta também com o apoio didático do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) e da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).

16/08/2016

Amanda Almeida

Assessora de Comunicação

Agência de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB

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