O secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, comemorou o índice alcançado, e ponderou que "em 2016, apesar da crise econômica nacional instalada e a longa estiagem que afeta o Nordeste, o setor do agronegócio baiano vem se projetando positivamente, graças ao empreendedorismo do setor produtivo e as ações do governo do Estado. O bom resultado também é reflexo das ações da ADAB, na promoção de medidas de conscientização dos produtores, capacitação de servidores e atividade de vigilância à saúde dos animais, bem como as atividades de educação sanitária realizadas no Estado".
A Bahia possui rebanho bovino e bubalino de 10.472.655 cabeças, ocupando 8° lugar no ranking nacional e 1º do nordeste, e deste total, cerca de 3.110.396 milhões, com até 24 meses, dos existentes no Estado, foram vacinados contra a febre aftosa. Detentor do segundo maior rebanho comercial bovino do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças, o Brasil assumiu desde 2004 a liderança nas exportações, com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países. De grande importância econômica e social, a bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio, proporcionando o desenvolvimento das cadeias produtivas de leite e carne, sendo que o valor bruto da produção de ambos os segmentos está estimado em R$ 67 bilhões.
Para o diretor-geral da ADAB, Marco Vargas, "os resultados alcançados só foram possíveis devido ao apoio de instituições parceiras, que compartilharam ações e incentivam o aprimoramento das atividades de defesa, além do esforço conjunto de criadores, sindicatos, associações, Fundo de Apoio a Pecuária do Estado (FUNDAP), governo Estadual e Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), Superintendência Federal da Agricultura na Bahia/MAPA e prefeituras municipais. Esse apoio foi imprescindível para o alcance de índices expressivos de vacinação dos animais em todo território baiano".
Desde o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal - OIE, em 2001, o Estado registra oficialmente índices vacinais acima de 90%, fato que aponta o alto nível de adesão dos produtores ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Febre Aftosa por parte do setor pecuário. "As atividades, para garantir a sanidade do rebanho baiano, vêm sendo consolidadas a cada ano pelo governo e pelos criadores que compreendem a defesa agropecuária como uma questão de política pública. Diante disso, as nossas ações, aliadas ao processo de modernização da pecuária, estão sempre dando resultados positivos e superando cada vez mais os desafios deste setor", disse o diretor de Defesa Sanitária Animal da ADAB, Rui Leal.
Histórico
O último foco de febre aftosa na Bahia aconteceu em 1997 no município de Jussarí. Desde então as ações de defesa sanitária foram fortalecidas para impedir a reintrodução do vírus no território baiano. A Bahia obteve o reconhecimento internacional em 2001, em 2005, houve a suspensão deste status devido ao foco do Mato Grosso do Sul, sendo restituído internacionalmente em 2008.
Wagner Machado
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