Com o objetivo de qualificar a produção leiteira de pequenos produtores baianos e coibir a entrada de produtos clandestinos no Estado, a Secretaria da Agricultura, por meio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), e o Ministério Público (PM) inauguram no último fim de semana (11) a primeira das oito pequenas indústrias de laticínio do Território Identidade do Sisal. O evento aconteceu no município de Senhor do Bonfim com a participação de representantes das entidades envolvidas e agricultores familiares.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Estado da Bahia é o maior produtor de leite do Nordeste, com 27,5% da produção regional e 40% das vacas ordenhadas, e o 7° do Brasil, com 3,45% da produção nacional e 8,32% das vacas ordenhadas. E os pequenos produtores, que não superam 50 litros de leite/dia, representam 95% da produção em todo o Estado.

Na avaliação do Secretário da Agricultura, Eduardo Salles, a produção de leite na Bahia apresenta um grande potencial de crescimento, podendo gerar emprego e renda para o agricultor familiar. “Queremos viabilizar às pequenas propriedades a implementação de conceitos modernos de exploração, associado ao manejo dos rebanhos de acordo com as recomendações técnicas e atendendo às exigências do mercado”, enfatiza o Secretário.

Por isso, durante mais de um ano, a Seagri/Adab, em conjunto com o MP, EBDA, Sedir, Seinfra, Sedes e prefeituras municipais realizaram diversas reuniões com o objetivo de organizar a cadeia produtiva de leite para a agricultura familiar. “A meta da Seagri/Adab é criar cooperativas de pequenos produtores, possibilitando o incremento da produção, a compra de maquinário adequado à atividade e, principalmente, a certificação de produtos originários das pequenas indústrias, que terão a chance de participar sistema inspecionado de produção na Bahia”, explica o Diretor Geral da Adab, Paulo Emílio Torres.

A metodologia de trabalho será a mesma em todos os territórios identidade do Estado. Com isso, as pequenas indústrias de laticínio que produzirem conforme as orientações higiênico-sanitárias determinadas em lei terão o selo do Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E) e passarão a integrar também Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi). “Dessa forma a população também será beneficiada com a oferta de um alimento inspecionado”, acrescenta o Coordenador de Operações Especiais, Adilson Pinheiro.

Ascom / Adab