Durante toda a semana passada, entre os dias 08 e 12, a Coordenação de Barreiras Sanitárias da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), promoveu ações especiais na Coordenadoria Regional de Paulo Afonso, mais precisamente no posto fixo de fiscalização do Ibó, localizado no Km 0 da BR 116, divisa BA/PE. O intuito foi estabelecer a padronização dos procedimentos de fiscalização agropecuária naquela unidade, sendo enfatizada a abordagem dos veículos, conferência da carga, verificação de documentos e o registro das informações. Porém, contatou-se que os 153 veículos interceptados estavam em conformidade com as exigências de trânsito de produtos e subprodutos de origem agropecuária.

Uma equipe composta por dois médicos veterinários, dois engenheiros agrônomos e seis auxiliares de fiscalização se juntaram à equipe local para uma atividade integrada de fiscalização e treinamento, com o apoio da Policia Militar. Os fiscais do Posto do Ibó foram treinados para a utilização do Sistema de Informações (SIAPEC), responsável pela consolidação dos dados gerados pelas ações de fiscalização.

Além do treinamento foi possível realizar a análise das informações que permitiu definir o perfil do trânsito na divisa, contribuindo para maior eficácia de ações de fiscalização naquela região, bem como apontar possíveis riscos de introdução de agentes e pragas nocivas à produção agropecuária do Estado. Foram 2.672 toneladas de vegetais, 102.600 animais, 65.250 toneladas de produtos e 37 abordagens a veículos baús sem carga agropecuária fiscalizados em 5 dias de ação. A região é um corredor sanitário, onde transitam, principalmente, suínos oriundos de São Paulo para todo o nordeste, laranja e banana que saem da Bahia também para o nordeste e camarão para abastecer o mercado baiano e de passagem para os estados do sudeste.

Foi realizada também a avaliação dos possíveis pontos de ingresso ao Estado da Bahia nas divisas com Pernambuco, Sergipe e Alagoas. “Percorremos as rotas alternativas de trânsito agropecuário, que são utilizadas, principalmente, para o transporte irregular de bovinos, com o objetivo de burlar a fiscalização fazendária e, conseqüentemente, causando prejuízo às informações do cadastro agropecuário. O que pode levar uma queda na capacidade de monitoramento e vigilância nas unidades produtivas daquela região”, esclareceu o coordenador de Barreiras Sanitárias, Roberto Gama Pacheco.

De acordo com o diretor geral, Paulo Emílio Torres, a Agência tem intensificado as investigações do trânsito irregular de bovinos nas divisas interestaduais, assim como tem estabelecido mecanismos de controle e fiscalização de trânsito para prevenir e coibir tal prática.

 

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