Durante o evento de lançamento oficial da 1ª etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa realizada no último sábado (11) em Formosa do Rio Preto, Oeste Baiano, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado a Secretaria de Agricultura (Seagri), divulgou a possível inserção dos municípios que compõem a Zona de Proteção de vacinar apenas os bovinos e bubalinos com até 24 meses em novembro deste ano. Desta maneira, a Bahia dará mais um passo para conquistar o status de livre de febre aftosa sem vacinação.
A Adab irá requisitar ao Ministério de Agricultura (Mapa) a unificação de todo Estado para a vacinação de animais até 24 meses após a publicação da igualdade do status sanitário do Piauí, Pernambuco e Alagoas com a Bahia, para Livre de Febre Aftosa com Vacinação, prevista para o dia 20 de maio. Desde a extinção da Zona Tampão (agora Zona de Proteção), os municípios de Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Buritirama, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Remanso e Casa Nova vacinam todo o rebanho nas duas etapas da imunização, diferente do restante da Bahia, que na 2ª etapa vacina apenas bovinos e bubalinos até 24 meses. Esta estratégia de imunização adotada no Estado gera uma economia de mais 11 milhões de reais, que não se aplicava aos oito municípios da Zona de Proteção, por fazer divisa com os Estados citados de risco médio para a doença.
Para o secretário de Agricultura, Eduardo Salles, as ações realizadas pela Adab confirmam que, tecnicamente, o Estado está em condições de ser atendido neste pleito. “Será um avanço para a Bahia e um passo importante para impulsionar o setor agropecuário baiano a nível nacional e internacional”, incentivou o secretário após receber das mãos do prefeito de Formosa do Rio Preto, Jabes Júnior, uma placa de agradecimento, em forma de troféu, pela extinção da Zona Tampão.
Atualmente, não existe a possibilidade da Bahia perder o status de Livre de Febre Aftosa com vacinação, e sim, uma perspectiva de elevação para status para livre de febre aftosa sem vacinação, como ocorre em apenas um estado do Brasil, Santa Catarina. “Todas as atividades estão inseridas no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção Contra a Febre Aftosa (PNEFA) que visa assegurar uma condição sanitária sendo capaz de promover a Bahia, com muita responsabilidade na busca de novos caminhos para a pecuária baiana”, ressaltou o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres.
O DESENVOLIMENTO - A Bahia hoje atende todos os requisitos para avançar neste processo, “possui uma base cadastral de propriedades e produtores informatizada e consistente, serviço de atenção veterinária e vigilância epidemiológica eficaz, além de controlar o trânsito de animais e uma cobertura eficiente de vacinação contra febre aftosa”, afirmou o coordenador do Programa de Erradicação e Prevenção contra a Febre Aftosa, Antônio Lemos Maia. Por estes requisitos a Bahia possui o status de livre de aftosa com vacinação. O Adab realiza inquéritos soroepidemológicos com frequência para comprovação da não circulação do vírus da febre aftosa em seus rebanhos, o último foi realizado em 2010, comprovando que não existe o vírus na Bahia, bem como em nenhum estado do Nordeste.
A Adab pretende apresentar ao MAPA um plano de ação, demonstrando a eficiência do serviço de defesa sanitária do Estado, principalmente nos municípios a serem inseridos à nova estratégia. “Ao longo dos anos, a Bahia vem mantendo uma cobertura vacinal elevada nas principais regiões pecuárias mesmo com o período de forte seca. Isso mostra a consciência do criador para a questão da sanidade de seu rebanho e o compromisso do Governo do Estado pelo desenvolvimento desta atividade”, salientou o diretor de defesa sanitária animal, Rui Leal.
Ascom / Adab